Como identificar sinais de TDAH em crianças e jovens: guia para psicopedagogos
- psicopedagogiandop
- 5 de set.
- 2 min de leitura
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um dos diagnósticos mais frequentes na infância e adolescência. Para o psicopedagogo, compreender seus sinais é essencial para diferenciar dificuldades pontuais de um transtorno que exige intervenção específica.
Neste artigo, você vai aprender a reconhecer os principais indícios de TDAH e entender como direcionar sua prática profissional de forma mais segura e fundamentada.

O que é TDAH?
O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por desatenção, hiperatividade e impulsividade. Esses comportamentos precisam estar presentes em diferentes contextos (escola, casa, atividades sociais) e causar impacto significativo no desempenho acadêmico e nas relações interpessoais.
Importante: o diagnóstico deve ser feito por equipe multiprofissional. O papel do psicopedagogo é levantar hipóteses, observar padrões e oferecer suporte educacional e terapêutico.
Principais sinais em crianças:
Dificuldade de concentração: perde o foco em atividades simples, se distrai com facilidade.
Esquecimentos constantes: não lembra de tarefas ou instruções.
Agitação motora: movimenta mãos e pés, levanta da cadeira frequentemente.
Dificuldade em esperar a vez: interrompe colegas ou professores.
Oscilações no rendimento escolar: períodos de avanço seguidos de regressão.
Sinais em adolescentes e jovens:
Organização prejudicada: dificuldade em manter agenda, cumprir prazos e planejar atividades.
Baixa tolerância à frustração: irritabilidade e explosões emocionais diante de desafios.
Impulsividade em decisões: atitudes precipitadas, como responder antes de ouvir a pergunta completa.
Dificuldade de manter relacionamentos: por falta de atenção ou comportamentos impulsivos.
Baixa autoestima: consequência de críticas constantes e experiências de fracasso.
O psicopedagogo deve observar o comportamento em diferentes contextos, coletar informações com família e escola e aplicar instrumentos de avaliação que auxiliem na investigação das funções executivas, memória, atenção e autorregulação.
Essa etapa é essencial para diferenciar TDAH de outras condições, como ansiedade, dificuldades específicas de aprendizagem ou contextos familiares desafiadores.
Estratégias iniciais de intervenção:
Organização do ambiente de estudo: espaços sem excesso de estímulos visuais e sonoros.
Divisão das tarefas: propor atividades em pequenas etapas.
Uso de jogos e recursos lúdicos: para estimular atenção, memória e planejamento.
Reforço positivo: destacar avanços e conquistas, mesmo que pequenos.
Trabalho colaborativo: manter contato constante com pais e professores.
Identificar sinais de TDAH exige atenção, sensibilidade e conhecimento técnico. Quanto mais cedo o psicopedagogo atuar, maiores as chances de melhorar o desempenho escolar e o bem-estar emocional da criança ou jovem.
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